Desde que houve a reformulação na MTV Brasil fomos apresentados a uma série de programas, digamos que peculiares, que não estávamos acostumados a conhecer. Alguns realities conhecidos na gringa, até então desconhecidos da grande massa. Destes, tem um que sempre gera buzz nas redes sociais: De Férias com o Ex Brasil.

O reality tem uma dinâmica simples: solteiras e solteiros com corpos esculturais passando férias em um cenário paradisíaco, uma mansão espetacular e álcool liberado. Todos sob a tutela de um fator essencial ao programa: o Tablet do Terror, que pode trazer notícias boas, como uma noite na suíte master, e notícias ruins, como anunciar a chegada de um ex (plot que dá nome ao show). O programa é muito bem produzido. Todas as interrupções do tablet são friamente calculadas para gerar enredo, como por exemplo: geralmente só entra ex de participante acabou de formar casal, ou, ganha a suíte master quem está de alguma forma envolvido com mais de uma pessoa. Todos esses fatores geram o que a gente mais gosta de assistir em reality: pegação e confusão.

Já em sua sexta edição, tem se tornado uma fábrica de webcelebridades, seus participantes têm arrebanhado uma legião de seguidores, vide Guilherme Franciscon que está em nosso casting. Além da web, alguns de seus participantes têm dado as caras em outros realities, como “A Fazenda” (teremos post em breve, pois a 12° temporada vem aí) e “Power Couple”. Dentre eles podemos citar a Gabi Prado, participante das edições 1 e 2, que foi a primeira a dar as caras no reality rural e de certa forma percebemos uma influência do sucesso dela no comportamento dos novos participantes. Praticamente em toda edição conseguimos ver um participante tentando fazer o perfil.

Para não desgastar o formato a produção vem tentando diversos plots twists, desde eliminações até uma versão celebs (que a gente não gostou né?). A sexta, e atual, edição apresentou, até então, a mãe de um participante e pela primeira vez um participante homem homossexual assumido, até então havíamos visto umas meninas que se declararam bissexuais. O tema diversidade tem gerado muitas discussões nas mídias sociais de duas formas mais latentes: 1- Pessoas que não entendem como o participante gay, Jarlles, é ex de uma mulher, Bárbara e; 2- Pessoas que afirmam que não há diversidade, pois os participantes gays são do tipo “padrãozinho”.

Sobre a forma que o Jarlles expressa a sua sexualidade não é uma questão nossa, cabe somente a ele, mas em entrevistas ele tem reiterado a forma que foi selecionado para o programa e sua relação com a “ex”. Sobre os participantes gays fazerem o tipo “padrãozinho”, creio que a questão é: Quem não é padrãozinho no elenco desse programa? Alguns participantes vêm usando as redes sociais para propor debates sobre machismo e homofobia, a Participante Mina e o participante Rafael têm levantado essas e outras questões em suas mídias e em lives e entrevistas que têm feito.
A temporada ainda está na metade, já foram dados vários spoilers sobre o que ainda está por vir: brigas, romances e pegação. A edição tem feito bastante sucesso, levantando as questões aqui citadas e várias outras que não falamos. Mas o que todo mundo quer saber na verdade é: DE QUEM ÉÉÉÉÉÉÉ O PRÓXIMO EEEEEX?